Desde muito cedo, a localizacao deste pais atraiu os mercadores de todo o mundo. Inicilamente foram os siameses de Funan, seguidos pelos indonésios, os muculmanos da Persia, os chineses, os portugueses, os holandeses e os ingleses. Na segunda Guerra Mundial chegariam os japoneses que ocuparam o territorio malaico durante 3 anos. Mais de 600 anos de historia podem-se ver nas ruas de Kuala Lumpur.
Da influencia chinesa resta Chinatown, a alma comercial da cidade, onde existem templos budistas e taoistas que fervilham de vida nas primeiras horas da manha. Alguns metros a norte, as casas herdadas do periodo colonial europeu nao deixam esquecer que os "bengalis brancos" estiveram por aqui. Da ocupacao japonesa sobrou muito pouco. Os malaicos preferem esquece-la.
Actualmente, os "invasores" sao outros. Sao emigrantes que aqui procuram melhores condicoes de vida do que na maioria dos outros paises asiaticos. Os indianos, bangladeshs e paquistaneses invadem a capital malaica. A chamada "Little India" ja faz parte da organica urbana moderna. Comercio de saris, dals (comida tipica indiana), naan, lencos e templos hindus fazem agora parte integrante de Kuala Lumpur.
Desde a independencia (1957), a Malasia modernizou-se e depois da decada de 90, a Malasia cresceu para o mundo. O simbolo desse crescimento sao as torres Petronas, um dos maiores simbolos da comunhao do capitalismo e do islamismo. As torres gemeas foram inspiradas em minaretes das mesquitas e atingem 462m de altura. Outrora o edificio mais alto do mundo, hoje ocupa um "modesto" quarto lugar. Subir a ponte que liga as duas torres (Skybridge, a 170m de altura) e possivel, mas nos nao conseguimos faze-lo. A bilheteira abria as 8.30h e quando la chegamos, as 8.15h, ja nao havia bilhetes suficientes para satisfazer todas as pessoas que aguardavam na fila. Optamos por visitar outro edificio, a Torre Menara KL, um pouco mais a oeste. Infelizmente, o tempo estava um pouco nublado mas permitiu uma vista privilegiada sobre a cidade e inclusive sobre as Petronas.
O CBD (Central Business District) de Kuala Lumpur e o retrato dum pais que se moderniza. Os inumeros edificios de arquitectura moderna atraem muitos turistas, essencialmente asiaticos. As Torres Petronas estao sempre cheias de gente, quer de dia, quer de noite, altura em que sao ainda mais bonitas. Os centros comerciais fervilham de vendedores e compradores. Todos parecem satisfeitos. Ate eu, que comprei uma Canon 7D!
Kuala Lumpur parece ser uma capital natural de um pais que encerra em si tamanha diversidade cultural. No entanto, ainda nao foi aqui que descobri a identidade que procuro. Vou rumar as montanhas no norte da Malasia. E la que espero encontrar a cultura malaica. Sera que as montanhas preservaram algo que a capital nao conseguiu fazer?